De acordo com relatos que nos são transmitidos por trabalhadores da Luz que exploram o plano astral, para quem está nesse plano, o plano que normalmente nos acolhe entre vidas, a chegada de uma alma é um nascimento. Muito curiosa é esta perspectiva, pois para nós humanos encarnados, a alma que parte é um ser humano morto. Morre para nós, nasce para eles.
Dizem-nos esses relatos que as almas suas amigas e seres espirituais as esperam cheias de felicidade do outro lado do portal e que as acolhem com muito amor.
Curiosamente, quando uma alma vem ao mundo, quando reencarna, é também para nós um nascimento. Que normalmente corresponde a um momento de grande felicidade.
O que está então em causa senão um estado constante de renascimento?
O peso que grande parte dos seres humanos atribui à morte, o de um fim absoluto, é uma perspectiva daquele que fica e que terrenamente deixa de ter a companhia do que partiu. Nunca mais o verá vivo nesta forma e contexto que partilhou com ele na vida presente. E essa é a razão dos medos sobre a morte: a perspectiva de apego do que fica.
É claro que esta forma pensamento enraizada na nossa mente, no inconsciente coletivo, leva a que o medo da morte seja uma naturalidade humana e que todo o processo seja encarado com muita dor e sofrimento, como um fim. E, deste modo, é o que leva a que perante a morte muitos humanos se sintam perdidos e muitas vezes se percam mesmo, ficando para trás apegados ao que conhecem em vez de seguirem o processo natural de integração no respectivo plano de evolução.
No momento da morte é aberto um portal, muitas vezes relatado como um túnel ou uma Luz, que leva a alma ao reencontro dos seres espirituais que a esperam e a reintegra no fluxo de evolução e reencarnação. É essa luz que a alma deve seguir.
O que provoca então o medo da morte?
Perante o medo da chamada morte, a alma fica presa ao que conhece, aos seus familiares e à vida terrena, vagueando sem rumo pelos locais familiares, procurando continuar a viver a vida de ser encarnado. Este é um estado de grande sofrimento e desorientação para a alma.
Muitas estão tão atarantadas que nem vêem a Luz, outras vêem mas têm medo do desconhecido, outras ainda não percebem o que se passa. Tudo isto causado pela falta de entendimento e compreensão do processo a que chamamos morte.
Como nos posicionarmos então perante a dita morte?
Se para os que nos esperam do outro lado é um nascimento quando voltamos, e se sempre que reencarnamos na vida terrena é pelo chamado nascimento que o fazemos, o que de facto ocorre é um ciclo contínuo de renascimentos – que ilustra a chamada roda do karma.
Renascemos terrenamente sempre que reencarnamos como humanos na Terra, para evoluirmos e crescermos pela experiência do mundo e do corpo físico. Renascemos celestialmente sempre que partimos da Terra e reintegramos de novo o núcleo espiritual a que pertencemos e no qual preparamos todos os desafios de evolução.
Neste sentido, a morte e o seu peso são fruto de uma não compreensão deste fenómeno natural e contínuo que já há muito tempo fazemos. Mudar a atitude perante a morte, quer em relação à nossa, quer em relação à dos nossos entes queridos, é fundamental para que todo o processo de transição ocorra mais naturalmente e com menos medos, dor ou sofrimento.
Se na Terra estamos seguros e abençoados pela Luz, como seria possível que não estivéssemos quando à própria Luz retornamos?
Vale a pena fazer um esforço para compreender!