Felizmente o Reiki é uma terapia cada vez mais acessível e reconhecida socialmente como complemento terapêutico à medicina tradicional. Os efeitos que traz a nível energético, mental e emocional, assim como físico têm sido sentidos por aqueles que procuram esta terapia energética como meio de libertação e purificação a níveis mais subtis.
No entanto, a par desta importante evolução e validação, o Reiki tem também sido um pouco desvalorizado, no que diz respeito à sua vertente de autoconhecimento e crescimento interior. Em certas situações, ser iniciado em Reiki é como um cromo brilhante que colocamos na caderneta e arrumamos na prateleira. Vamos coleccionando sintonizações, workshops, conhecimentos…
Neste sentido, é importante relembrar a raiz filosófica e espiritual desta terapia, do propósito da sua prática para o ser humano.
O Reiki tem origem budista/tibetana – Mikao Usui era um monge budista japonês – que nos remete para uma localização terrena de elevada cultura espiritual e espiritualmente para um dos pontos de maior concentração de energia espiritual na Terra. A prática desenvolvida por Mikao Usui é, deste modo, uma técnica polvilhada de raízes e propósitos espirituais de autoconhecimento e elevação/evolução energética. Na nossa sociedade, porém, estamos habituados e procuramos efeitos rápidos e soluções para remediar problemas imediatos e concretos, tendo muitas vezes pouca disponibilidade interior (e não temporal como muitas vezes evocamos) para dar atenção e valor à dimensão do espírito e do autoconhecimento.
Isto leva a que a aprendizagem do Reiki seja muitas vezes mal interpretada. Muitas pessoas pensam que aprender Reiki é fazer a formação (sintonização energética mais formação teórico-prática), 21 sessões de autotratamento e já está! São reikianas e já podem fazer sessões a outros. Curiosamente, tempos mais tarde voltam a recorrer ao Reiki, procurando a ajuda de um terapeuta, porque se sentem sem energia, com quebras de força e quando voltaram a tentar já não conseguiam fazer Reiki a elas próprias por se sentirem bloqueadas.
Porque é que isto acontece?
O Reiki é uma terapia ou uma ferramenta terapêutica “diferente” das outras. Através da sintonização energética acedemos a vibrações e frequências de energia subtil superiores, que têm o propósito de elevar a nossa própria vibração energética, assegurando um equilíbrio pleno. Neste sentido, a iniciação de Reiki é responsável por deixar o nosso canal energético sintonizado com essa vibração para podermos recorrer a ela e mantermos o nosso próprio equilíbrio ou auxiliarmos e aliviarmos os outros.
O que acontece quando somos sintonizados e iniciamos a prática do autotratamento é um processo muito complexo, pois a energia vai aceder e equilibrar as situações mais carentes de cada pessoa, na sequência necessária, de modo a restabelecer uma sincronização positiva com a própria vibração universal, assegurando que estamos a cada passo no sítio certo à hora certa para a nossa própria evolução. A par deste processo, dá-se também o desenvolvimento dos chakras – a sua purificação, abertura e evolução – que nos permitem trabalhar o aspectos do autoconhecimento e sintonizar cada vez mais com a nossa essência e verdade interior. Esta abertura e evolução dos chakras é um processo energético que promove e estimula órgãos e funções do organismo, pela relação e ligação de cada chakras a aspectos específicos a nível fisiológico, mental e emocional. Pessoas que praticam Reiki frequentemente são naturalmente mais estáveis a nível nervoso, são intuitivas, têm um conhecimento próprio do seu organismo, associado a sinais a que começam a ser sensíveis e que traduzem a linguagem do corpo de acordo com as suas necessidades. São também mentalmente mais objectivas, focadas e concentradas, desenvolvem a memória, a capacidade de visualização e de automotivação, associadas a uma forte autoconfiança. Por sua vez, a comunhão que se estabelece a nível bioenergético – que se sintoniza com a harmonia universal – vai influenciar e estimular os mecanismos de autocura e o fortalecimento do sistema imunitário, de modo a criar uma harmonia física, em que todo o organismo se equilibra a nível bioquímico.
Todos estes processos são alimentados e incrementados pela energia Reiki durante o autotratamento, elevando a vibração do organismo a frequências energéticas superiores que o vão proteger e manter em equilíbrio. No entanto, este processo não se realiza em 21 dias. Este é um processo a longo prazo, para que se alcance o nível de estabilidade e harmonia pessoal, que necessita de ser mantido. O meio em que vivemos é energeticamente agressivo, cheios de tensões, medos, desequilíbrios e instabilidade. Num mundo assim, o milagre do autocohecimento e da paz interior alcança-se pela perseverança, pela dedicação e pelo investimento em práticas que nos ajudem a manter esse equilíbrio. Qualquer que seja a técnica, os seus efeitos são alcançados pela prática e pelo investimento que nela fazemos. De nada serve uma iniciação de Reiki se não usufruirmos da energia e não cuidarmos do canal energético.
Assim como precisamos de um banho físico para limpar as impurezas que acumulamos ao longo do dia, o Reiki atua como um banho energético, que vai eliminando as impurezas energéticas acumuladas e assegurando uma estrutura energética fluida que estimula, desenvolve e protege o ser humano holisticamente.
Se procurarmos algo que vai realmente fazer diferença na nossa vida, no nosso bem-estar e autoconhecimento, o Reiki merece ser encarado como uma filosofia de vida, em que nos procuramos e nos nutrimos como seres quânticos!
Se se iniciar no Reiki, não deixe de praticar!